Perve Galeria

Teresa Balté na Frieze Viewing Room | 09.10 > 16.10.2020

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Frieze Viewing Room | Teresa Balté

PT| A Perve Galeria vai apresentar pela primeira vez, de 9 a 16 de Outubro, um importante núcleo de obras de Teresa Balté na Frieze de Londres, a mais relevante das feiras de arte internacionais, que, este ano e devido à pandemia, inaugura um novo formato intitulado “Viewing Room”. O registo na plataforma é realizado através do link: https://www.frieze.com/fairs/frieze-viewing-room/registration.

EN| Perve Galeria will present for the first time, from October, 9th to 16th, an important selection of Teresa Balté's works at Frieze in London, the most important of the international art fairs, which this year, due to the pandemic, is opening a new format called "Viewing Room". The event platform register is available through the link: https://www.frieze.com/fairs/frieze-viewing-room/registration.

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Sinopse | Synopsis

PT| De Teresa Balté são mostradas maioritariamente obras realizadas em 1968, altura em que  produz uma obra afirmativa, heterodoxa e não alinhada com os ditames dessa época em que as mulheres tinham um papel subalternizado em Portugal, por via da organização ditatorial do estado. Através da sua carreira profissional, como docente universitária, quer pela sua produção plástica, à qual se dedicou especificamente a partir dessa época, Teresa Balté realizou uma revolução profunda e poderosa que se manteve, contudo, incógnita internacionalmente, até este momento. Esse período é considerado paradigmático para a libertação internacional da mulher, na sequência do movimento estudantil que dá lugar ao Maio de 1968 e que faz de Paris o cerne de uma revolução global, onde todos os preceitos seriam debatidos através de ocupações, atos públicos, discursos, reuniões e protestos com o objetivo de defender a emancipação feminina, os direitos humanos e as liberdades individuais. Não obstante tudo isso, devido à ditadura que se vivia em Portugal, os efeitos transformadores desse movimento não teriam eco efetivo até à mudança de regime operada em 1974. Contudo, estas obras de Teresa Balté já possuíam todo esse discurso e sublevação contra o cânone.

Essa extensa série representa, tanto o período mais abstrato da sua criação artística, através das suas peças dos anos de 1960, em que a figura humana é inexistente recorrendo a uma estética quase psicadélica, sem precedentes tanto a nível nacional como internacional, assim como a algumas obras de arte do seu período figurativo de criação, referentes à década de 1980.

Fascinada por técnicas mistas, a artista autodidata utiliza tintas à base de água e solúveis, explorando diferentes abordagens na sua paleta de cores, desde tons terrosos a cores complementares, estas delicadas composições feitas em papel revelam uma mente criativa e experimentalista. O plano curatorial consiste em apresentar obras longitudinais, tanto verticais como horizontais, em diálogo com peças retangulares de diversos tamanhos, a fim de alcançar uma dinâmica visual.

Teresa Balté é representada pela Perve Galeria desde 2018, ano em que foi realizada a sua 1ª exposição antológica, sendo a sua criação visual considerada já, à luz da história da arte, como uma obra revolucionária, sobretudo no que toca à realidade nacional. 

A par com a apresentação inédita de um projeto em torno desta artista portuguesa, a Frieze mostra também um projeto a solo de outro nome relevante, a nível internacional: A galeria londrina Victoria Miro irá mostrar obras de Paula Rego.

 

EN| Most of Teresa Balté's works were created in 1968, when she produced an affirmative, heterodox work that was not in line with the terms of that time when women had a subordinate role in Portugal, through the state’s dictatorial regime. Through her professional career, as a university professor, and her plastic production, to which she dedicated herself specifically from that time on, Teresa Balté carried out a profound and powerful revolution that has remained, however, unknown internationally until this moment. This period is considered a paradigm for the international liberation of women, following the student movement of May 1968 and which made Paris the heart of a global revolution, where all precepts would be discussed through occupations, public acts, speeches, meetings and protests with the aim of defending women's emancipation, human rights and individual freedom. In spite of all this, due to the dictatorship in Portugal, the transforming effects of this movement would not have an effective echo until the political regime change in 1974. However, these artworks by Teresa Balté already possessed all this narrative and revolt against the canon.

This extensive series represents both the most abstract period of her artistic creation, through her pieces from the 1960s, in which the human figure is non-existent resorting to an almost psychedelic aesthetic, unprecedented both national and internationally, as well as some artworks from her figurative period of creation, referring to the 1980s.

Fascinated by mixed techniques, the self-taught artist uses water-based and soluble paints, exploring different approaches in her colour palette, from earthy tones to complementary colours, these delicate compositions made on paper reveal a creative and experimentalist mind. The curatorial proposal consists of presenting longitudinal works, both vertical and horizontal, in dialogue with rectangular pieces of various sizes in order to achieve a visual dynamic.

Teresa Balté has been represented by Perve Galeria since 2018, the year in which her first anthological exhibition was held, and her visual creation is already considered, in the light of art history, as a revolutionary work, especially in relation to the national scene. 

In addition to presenting a project which features this Portuguese artist, Frieze is also showcasing a solo project of another relevant name at an international level: the London gallery Victoria Miro will show works by Paula Rego.