Exposições e Iniciativas
"W.R.S." - 5.º aniversário da Casa da Liberdade - Mário Cesariny | 02.11 > 22.12.2018
PT | A 2 de novembro, no dia em que cumpre o 5º aniversário da Casa da Liberdade - Mário Cesariny e em que passam 12 anos sobre a última exposição do poeta e pintor surrealista Mário Cesariny de Vasconcelos, ocorrida na Galeria Perve, as duas instituições abrem as portas conjuntamente para acolher a exposição coletiva "WRS | Resistence, Revolution and Sunflower (the dreamers effect)", que pretende refletir sobre as múltiplas guerras, não apenas as bélicas, que assolam a nossa vivência nas sociedades contemporâneas globalizadas.
Subintitulada Resistência, Revolução e Girassol (o efeito dos sonhadores), a mostra reúne autores provenientes de diversas latitudes que têm demonstrado, ao longo do seu percurso artístico, uma constante atitude de inquietação perante o estado do mundo e os sucessivos conflitos que vão deflagrando.
O mote desta exposição parte do projeto "War is Stupid" que foi iniciado em 2015 por Tchalé Figueira, autor cujo trabalho, desenvolvido a partir de Cabo-Verde, tem alcançado projeção internacional. A série aqui exposta reúne pinturas de grande dimensão que retratam a visão pessoal do artista sobre as atrocidades da guerra.
Para além da guerra belicista evocada por este autor, a presente exposição procura refletir igualmente sobre as guerras de cariz ambiental, cultural, económico, político e social que afetam cada vez mais os cidadãos a uma escala e com efeitos nunca antes vistos, na história planetária, ameaçando profundamente a nossa existência futura. Para tal, apresenta-se uma seleção de obras que trazem consigo mensagens de evidência sobre esses conflitos passados e atuais mas também, através de multifacetadas proposições artísticas, os autores procuram estimular uma mudança na sociedade ou, pelo menos, consciencializar a população para as guerras que hoje proliferam a vários níveis e para as quais as suas vozes não podem ser silenciadas, procurando soluções válidas e perenes para as problemáticas que se colocam, não exclusivamente, às democracias ocidentais.
Do conjunto de obras agora mostradas, destacam-se trabalhos reivindicativos de Manuel Figueira, que nos inserem na guerra de libertação de Cabo Verde; de Suekí e André de Castro, em forma de manifesto contra as estruturas governamentais em Angola; ou de Mário Macilau, que advertem para as condições desumanas das crianças de rua em Moçambique. O resultado é, assim, um diálogo entre a arte e o ativismo nas salas de exposição em Alfama.
De acordo com o curador da mostra, Carlos Cabral Nunes, a exposição representa não só uma reflexão artística sobre a temática, mas também "um apelo à resiliência, resistência e insubmissão de todos os cidadãos que querem ser livres, que são democratas e prezam uma sociedade evoluída, plural e inclusiva".
Decorrida a eleição presidencial no Brasil, que transformou aquele imenso país num palco infeliz de confrontos e divisão civil e política, será determinante refletir sobre as origens desses conflitos e apontar formas de superação das problemáticas que se colocam ali mas também, de maneira abrangente, interferem com realidade contemporânea global de todos os seres, já que as suas implicações tenderão a estender-se também às temáticas ligadas à sustentabilidade e ecologia afectando, por inerência todo o planeta.
"WRS | Resistence, Revolution and Sunflower (the dreamers effect)", é "também uma exposição-manifesto de apoio a todos os brasileiros que querem permanecer livres e a viver num estado de direito democrático livre e plural", acrescenta o curador, sublinhando que "a mostra procura relevar a esperança necessária em momentos como este, reunindo igualmente um núcleo de obras que visa, precisamente, funcionar como uma luz, no fundo deste túnel onde, subitamente, nos colocaram".
A exposição pode ser vista na Casa da Liberdade - Mário Cesariny e na Perve Galeria até 22 de dezembro de 2018.
Conceito e curadoria: Carlos Cabral Nunes.
Artistas participantes: Abraão Vicente (Cabo Verde); Alberto Chissano (Moçambique); Alex da Silva (Cabo Verde/Angola); André de Castro (Brasil); Ernesto Shikhani (Moçambique); Fernando Aguiar (Portugal); Jayme Reis (Brasil); Javier Félix (Colômbia); João Ribeiro (Portugal); José Chambel (São Tomé e Príncipe); Mário Macilau (Moçambique); Malangatana (Moçambique); Manuel Figueira (Cabo Verde); Marya Al Qassimi (Emirados Árabes Unidos); Miguel Huerta (Chile); Tchalé Figueira (Cabo Verde); Suekí (Angola); entre outros.
EN | On November 2, marking the fifth anniversary of Freedom's House - Mário Cesariny and 12 years after the last exhibition of the poet and surrealist painter Mário Cesariny de Vasconcelos, held at Perve Galeria, the two institutions open their doors to host the collective exhibition "WRS | Resistence, Revolution and Sunflower (the dreamers effect)".
Exposição “Colaborativa.mente” | 25.4 > 30.6.2018
CASA DA LIBERDADE – MÁRIO CESARINY | Localização: Mapa | Horário: 3ª feira a Sábado, das 14H às 20H
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PT | Cruzeiro Seixas e Valter Hugo Mãe, juntam-se no dia 25 de abril para inaugurar uma nova exposição na Casa da Liberdade - Mário Cesariny.
“Colaborativa.mente” dá a conhecer o resultado do encontro entre estes dois nomes cimeiros da cultura contemporânea, colocando em destaque um núcleo inédito de 6 obras realizadas em composição conjunta.
Inspirados pelos processos participativos, recorrentes entre os membros do movimento surrealista, acérrimos amantes do acaso objetivo, do automatismo psíquico puro e das manifestações do inconsciente enquanto forma impulsionadora da produção artística, Cruzeiro Seixas e Valter Hugo Mãe empreenderam, para esta exposição, um caminho criativo conjunto, onde é possível ressaltar a importância do papel da sensibilidade poética que inevitavelmente os une.
Embora Cruzeiro Seixas se tenha celebrizado como autor de uma obra eminentemente mais plástica, é também pública e declarada a sua especial devoção pela poesia como forma de expressão. Da poesia não só é autor como, tantas vezes, é dela que faz uso para definir a sua pintura.
Numa posição diametralmente oposta, foi através de uma compósita diversidade de obras no campo da produção literária e poética que Valter Hugo Mãe se tornou, aos olhos do público, um dos mais destacados autores portugueses da atualidade. Foi essa a dimensão que o uniu primeiramente a Cruzeiro Seixas, cuja obra poética editou, em tempos, enquanto cofundador das edições Quasi.
Uma obra plástica floresce, no entanto, também, nos espaços da intimidade produtiva de Valter Hugo Mãe, onde tem permanecido resguardada, para se mostrar muito pontualmente. É essa construção que nos é agora permitida ver.
Para além das composições colaborativas que são fruto direto deste encontro e que se assumem como suportes artísticos e conceptuais de um diálogo que os dois artistas propõem a si mesmos e à contemporaneidade portuguesa, a presente exposição coloca também em foco a profícua e individual produção artística de Valter Hugo Mãe.
Dele apresenta-se a sua obra mais intimamente resguardada e de Cruzeiro Seixas aquela que desde a fundação da Casa da Liberdade - Mário Cesariny (2013) a tem vindo a habitar.
A mostra foi pensada desde a sua génese, como uma intervenção específica, para assinalar também os 44 anos da Revolução dos Cravos com um diálogo entre dois autores que, de forma mais direta e/ou indireta, trilharam os caminhos da liberdade.
Patente até 30 de junho de 2018. Curadoria: Carlos Cabral Nunes.
FREEDOM’S HOUSE - MÁRIO CESARINY | Getting here: Map | Hours & Admission: Tuesday to Saturday, 2:00 p.m. - 8:00 p.m. Free admission
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EN | Cruzeiro Seixas and Valter Hugo Mãe get together on April 25 to open a new exhibition at Freedom’s House - Mário Cesariny.
“Collaborative.ly” shows the result of the meeting between these two renowned names of contemporary culture, highlighting an unpublished nucleus of 6 works done in a joint composition.
Inspired by the participatory processes, recurrent among members of the surrealist movement, staunch lovers of objective chance, of the pure psychic automatism and of the manifestations of the unconscious as a driving force of the artistic production, Cruzeiro Seixas and Valter Hugo Mãe have undertaken, for this exhibition, a joint creative path, where it is possible to emphasize the importance of the role of the poetic sensibility that inevitably unites them.
Although Cruzeiro Seixas has celebrated himself as the author of an eminently more plastic work, it is also public and declared his special devotion to poetry as a form of expression. He is not only author of poetry, but often it is what he uses to define his painting.
In a diametrically opposed position, it was through a composite diversity of works in the field of literary and poetic production that Valter Hugo Mãe became, in the eyes of the public, one of the most outstanding Portuguese authors of the present day. That was the dimension that first linked him to Cruzeiro Seixas, whose poetic work edited, once, as co-founder of the Quasi-editions.
A plastic work flourishes, however, in the spaces of the productive intimacy of Valter Hugo Mãe, where it has remained sheltered, to show itself very punctually. It is that construction that we are now allowed to see.
In addition to the collaborative compositions that are the direct result of this meeting and which are assumed as artistic and conceptual supports for a dialogue that the two artists propose to themselves and the Portuguese contemporaneity, this exhibition also focuses on the fruitful and individual artistic production of Valter Hugo Mãe.
We present his most intimately sheltered work and from Cruzeiro Seixas the one which since the foundation of Freedom’s House - Mário Cesariny (2013), has been inhabiting it.
The exhibition was thought from its genesis as a specific intervention to mark the 44th anniversary of the Carnation Revolution with a dialogue between two authors who, in a more direct and/or indirect way, walked the paths of freedom.
Until June 30, 2018. Curator: Carlos Cabral Nunes.
Exposições simultâneas | 09.01 > 24.03.2018
Fernando Aguiar em Retrospectiva | 2.11 > 16.12.17
Spectrum de Carlos Zingaro | 26.9 > 28.10.17
Patente até 28 de Outubro. Curadoria: Carlos Cabral Nunes.